sábado, 30 de outubro de 2010

CASTELO DE ÉVORA MONTE É UMA DAS 7 MARAVILHAS DO ALENTEJO

A LACE teve conhecimento de que o Castelo de Évora Monte foi escolhido para integrar a lista das 7 Maravilhas do Alentejo, numa votação promovida pelo site margemsul.com.pt e que, segundo os organizadores, terá tido a participação de mais de oitenta mil votantes.
A LACE recebeu esta notícia com um misto de regozijo e de revolta.

- Regozijo pelo facto de ver reconhecida pelos votantes a grandiosidade do património arquitectónico, histórico e paisagístico do Castelo de Évora Monte, confirmando assim a justeza dos objectivos que informaram a constituição da LACE e o enorme potencial turístico que o sítio possui.

- Regozijo pelo facto de ver premiada a actividade de valorização, promoção e animação deste património que a LACE vem desenvolvendo desde há 10 anos para cá, que não tem paralelo em nenhuma outra organização ou instituição e que permitiu colocar e manter o Castelo de Évora Monte no mapa turístico do Alentejo e aumentar o seu prestígio e conhecimento a nível nacional e internacional.

- Revolta pelo abandono a que o Castelo de Évora Monte tem sido votado pelas instituições de tutela à cabeça das quais está a Câmara Municipal de Estremoz e onde se incluem a Direcção Regional de Cultura do Alentejo e a Região de Turismo de Évora, actualmente, Turismo do Alentejo, E.R.T.

- Revolta pelo estado de degradação das calçadas medievais, dos caminhos pedonais e do Caminho Municipal (estrada) de acesso ao Castelo, da Igreja Matriz, da Casa da Câmara, das Portas Dionisinas e dos Torreões seiscentistas e pela falta de manutenção adequada da Zona Envolvente da Torre/Paço fruto da incapacidade da Câmara Municipal de Estremoz e da Direcção Regional de Cultura do Alentejo em estabelecerem um Protocolo pelo qual se espera desde o final da obra, há mais de 4 anos.

- Revolta pela recorrente situação do acesso à Torre/Paço de Évora Monte devido ao horário limitado, às férias e folgas da funcionária muitas vezes coincidindo com períodos e dias de maior fluxo de visitantes e pela insensibilidade e desprezo por parte da Direcção Regional de Cultura do Alentejo relativamente às propostas da Junta de Freguesia de Évora Monte para estabelecimento de um Protocolo de Gestão Conjunta do espaço que permitisse aí instalar o Posto de Turismo, alargar o horário de abertura da Torre e garantisse a sua abertura no maior número de dias possível durante todo o ano.

- Revolta pela falta de acções de valorização, de promoção e de animação do sítio por parte das entidades que detêm as competências e as verbas públicas para o fazer, a começar pela Câmara Municipal de Estremoz, e pela incapacidade de todas as entidades que tutelam o Castelo de Évora Monte, em estabelecer um plano coerente e plurianual que colmatasse as gritantes falhas existentes

- Revolta pela falta de aproveitamento, por parte de todas estas entidades, do investimento público de mais de 1 milhão de euros realizado no Castelo de Évora Monte há mais de 4 anos e que corre o risco de se tornar dinheiro dos contribuintes deitado para a rua se não forem tomadas medidas urgentes que invertam a situação actual.

A LACE não pode deixar ainda de repudiar veementemente o aproveitamento político e pessoal desta votação por parte do Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Luís Mourinha, de quem, durante todos os seus mandatos à frente daquela autarquia, não são conhecidas quaisquer acções de valorização, promoção ou animação do Castelo de Évora Monte a não ser, o anúncio bombástico, altamente mediático e idílico da construção de um célebre hotel que nunca ninguém viu ou as várias tentativas por si realizadas desde o ano de 2000 para boicotar e menosprezar as acções e eventos de promoção do Castelo de Évora Monte promovidos por esta associação.

Apesar das limitações da presente votação (apenas 30 maravilhas contemplando apenas 15 concelhos estiveram a concurso), a LACE considera que os votantes que colocaram o Castelo de Évora Monte na lista das 7 Maravilhas do Alentejo a par de sítios similares onde foram feitos grandes investimentos por parte das autarquias como o Castelo de Marvão e a Fortaleza Medieval de Monsaraz, transmitiram um sério sinal a todas as entidades que tutelam o sítio para que tomem, urgente e coerentemente, as medidas que se impõem para a sua valorização, promoção e animação, como uma das formas de contribuir para o desenvolvimento sustentado de Évora Monte e para o bem-estar da sua população, como a LACE sempre tem defendido.

Évora Monte, 30 de Outubro de 2010


A Direcção da Liga dos Amigos do Castelo de Évora Monte

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