sábado, 25 de junho de 2011

MAIS UM VERÃO SEM NADA NO CASTELO DE ÉVORA MONTE

As potencialidades turísticas do Castelo de Évora Monte continuam a ser desperdiçadas pelas entidades que tutelam o sítio e corre-se inclusivamente o risco de se perder totalmente todo o trabalho de promoção e animação anteriormente realizado:

• o Posto de Turismo, fechado desde o início de 2010, continua sem solução e os esforços realizados pela Junta de Freguesia de Évora Monte para utilização do espaço da Torre/Paço para esse fim continuam a esbarrar na burocracia e na falta de interesse da Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) e muitos são os visitantes que não conseguem ter acesso ao mais emblemático monumento do sítio devido ao seu limitado horário.
• a zona envolvente da Torre/Paço, na qual foram gastos milhares de euros do erário público, encontra-se ao abandono sem que se vislumbre qualquer iniciativa da DRCA ou da Câmara Municipal de Estremoz (CME) para que esse espaço público seja tratado e possa receber condignamente os visitantes. A própria Torre, onde também foram gastos milhares de euros em obras de manutenção, está ao abandono, sendo facilmente verificável a deterioração das madeiras de portais e janelas e a falta de desinfecção, entre outras.
• a estrada municipal que liga o Rossio de Évora Monte ao Castelo encontra-se em elevado estado de degradação, especialmente nos troços entre o Rossio e a Igreja de S. Pedro e entre a Ermida de S. Sebastião e a Porta do Sol, sem que se conheça qualquer intenção da entidade responsável pela via – a CME – em resolver esta situação.
• Na Igreja de Santa Maria, igreja matriz de Évora Monte e propriedade da paróquia, o telhado ameaça ruir e a degradação no interior também é evidente, sem que por parte do proprietário ou do estado se vejam quaisquer iniciativas tendentes à sua recuperação.

No que toca à animação do sítio também não está previsto qualquer programa ou evento de animação por parte das entidades responsáveis pelo sítio e a LACE que, sem que tivesse obrigação institucional de o fazer, promoveu inúmeras acções de promoção entre o ano 2000 e 2009 vê-se agora impossibilitada de as realizar devido ao corte de verbas e de apoio logístico decidido unilateralmente pelo Presidente da CME em Julho do ano passado por motivos completamente alheios à Associação.
As próprias candidaturas apresentadas pela LACE para recuperação da antiga Casa da Câmara e sua devolução à utilização colectiva, apesar de activas, continuam a esbarrar com a falta de verbas como é o caso do Programa estatal “Equipamentos” ou, no que se refere ao PRODER, com a inexistência de um programa integrado para o sítio, que não é da responsabilidade da LACE mas sim das entidades estatais que o tutelam.

O Castelo de Évora Monte que nada fica a dever em monumentalidade a outros sítios similares da região, como o comprovou a sua recente eleição por mais de 80.000 votantes como uma das “7 Maravilhas do Alentejo”, continua a ficar adiado por incúria e desinteresse das instituições estatais que o tutelam, enquanto assistimos a inúmeras acções de promoção e animação em Marvão ou em Monsaraz e vemos a Câmara Municipal do Alandroal a lançar projectos novos para o castelos do Alandroal e de Juromenha.

Até quando?

Évora Monte, 15 de Junho de 2011


A Direcção da LACE